Hoje, não está mais em sua forma mais simples – os relacionamentos são globais. Richard Chambers, nosso mais recente ex-presidente e CEO, reconhece isso em seu livro "The Speed of Risk", e meu título é parcialmente emprestado de um de seus capítulos. Em seu livro, Richard descreve como a auditoria interna precisa se envolver com os stakeholders primários, secundários e terciários na avaliação de riscos e no reporte. Minha palestra enfatizou que esse mesmo tipo de engajamento dos stakeholders agora é essencial para todas as organizações, quando se trata de reportar o valor e a qualidade ambiental, social e de governança (ESG) que elas criam. Agora, também é essencial que todos os auditores internos profissionais avaliem essa qualidade e valor ao reportar os resultados de suas auditorias e consultorias.
Mas voltando à minha palestra. Concentrei-me no valor dos stakeholders como uma métrica do envolvimento dos stakeholders. Esse conceito tem sua própria norma, a "AA1000 Stakeholder Engagement Standard", publicada em 2015 pela AccountAbility. Essa norma deve, agora, fazer parte de todas as práticas, avaliações e reporte de ESG e deve ser incluída na pasta de todos os auditores internos profissionais. Desenvolvida internacionalmente, ela “…obriga a organização a envolver os stakeholders na identificação, compreensão e resposta a questões e preocupações de sustentabilidade, e a reportar, explicar e responder aos stakeholders por decisões, ações e desempenho”. Em toda a norma, os termos "valor" e "qualidade" são frequentemente atribuídos ao engajamento ideal dos stakeholders e como ele é praticado e reportado. A melhor prática é vista como um comprometimento com os princípios da norma e com os princípios de boa governança – prestação de contas, integridade e abertura. Também é mencionada a necessidade de saber quem são seus stakeholders, incluindo seus perfis, influências e expectativas, antes de se envolver – bons conselhos, apropriados para auditores internos profissionais, bem como para organizações.
Durante minha palestra, mencionei o engajamento dos stakeholders caminhando de mãos dadas com organizações internacionais. A "Transforming Our World: The 2030 Agenda for Sustainable Development" das Nações Unidas não é apenas para análise de negócios em empresas do setor privado, mas para organizações de todos os setores. A International Organization of Supreme Audit Institutions (INTOSAI), que representa a auditoria do setor público com 196 membros globais, aconselha em sua norma ISSAI 100 que as considerações de materialidade podem incluir “... preocupações dos stakeholders, interesse público, requisitos regulatórios e consequências para a sociedade.”
O IIA agora é um parceiro associado da INTOSAI e está fornecendo informações de auditoria interna sobre essa norma em seu white paper de 2021, "O Papel da Auditoria Interna no reporte de ESG". Além disso, a recém-formada Value Reporting Foundation, criada pelo International Integrated Reporting Council e pelo Sustainability Accounting Standards Board, está agora envolvida com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros e se integrará ao novo International Sustainability Standards Board (ISSB). O ISSB atenderá às necessidades dos investidores internacionais quanto a “... relatórios de alta qualidade, transparentes, confiáveis e comparáveis sobre clima e outros assuntos ambientais, sociais e de governança (ESG)".
Como auditores internos profissionais, devemos estar prontos para nos envolver nesses avanços e nas práticas que promoverão.